7 julho 2025 - 09:30
As Sabedorias do Nahj al-Balaghah 10: O Caminho para uma Vida Doce!

O ser humano possui uma identidade social e, em sua vida, sem dúvida, enfrenta situações desagradáveis e amarguras indesejáveis. Por outro lado, nesta vida social, ele tem deveres para consigo mesmo e para com os outros, que deve cumprir da melhor maneira possível. A décima sabedoria do Nahj al-Balaghah aborda como se deve viver.

De acordo com a Agência Internacional de Notícias AhlulBayt (ABNA), o que é citado como a décima sabedoria no Nahj al-Balaghah é narrado em outras fontes narrativas, como o livro "Amali" de Sheikh Tousi, do Imam Baqir (A.S.), como parte do testamento do Imam Ali (A.S.) durante sua agonia, a seus filhos Imam Hassan (A.S.), Imam Hussein (A.S.) e Muhammad ibn al-Hanafiyyah. Existem diferenças nas frases entre o Nahj al-Balaghah e a narração citada no Amali de Sheikh Tousi, o que indica a existência deste "testamento alauita" em outras fontes xiitas.

O Imam Ali (A.S.) disse nesta sabedoria: «خَالِطُوا النَّاسَ مُخَالَطَةً إِنْ مِتُّمْ مَعَهَا بَکَوْا عَلَیْکُمْ وَ إِنْ عِشْتُمْ حَنُّوا إِلَیْکُمْ.» "Convivam com as pessoas de tal forma que, se morrerem, chorem por vocês; e se viverem, sintam sempre afeto por vocês."

É evidente que, em um mundo onde existe um conjunto de limitações, necessidades e antagonismos, o ser humano só pode ter uma vida doce e uma convivência doce com os outros através do altruísmo e da negligência do egoísmo e da egocentricidade. Quanto mais essa pessoa considerar as pessoas como "queridos de Deus", mais servil e humilde será para com essas criaturas divinas e servos de Deus, e esse amor sincero a tornará mais amada nos corações das pessoas.

Ao estabelecer um relacionamento de afeto baseado nos mandamentos divinos, a pessoa vive no mundo de tal forma que, se ela morrer, "إِنْ مِتُّمْ مَعَهَا بَکَوْا عَلَیْکُمْ, chorem por ela".

No dia em que vieste ao mundo, nu/ Uma multidão sorria para ti, e tu choravas. Faz algo, meu amigo, para que na hora da partida/ As pessoas chorem, e tu sorrias.

É claro que o choro pelos mortos é um sinal de tristeza pela ausência permanente de alguém por quem sentiam afeto e cujo amor compreendiam. Agora, se esse afeto tiver influenciado além dos membros da família e de uma parte da sociedade, essa tristeza se transforma de um estado familiar em luto social e luto público.

Essas pessoas, durante suas vidas, viveram de tal forma que, em suas vidas, muitas pessoas as trataram com afeto: "وَ إِنْ عِشْتُمْ حَنُّوا إِلَیْکُمْ, se viverem, sintam sempre afeto por vocês".

Em algumas fontes narrativas, esta frase aparece com uma ligeira alteração como "إِنْ غِبْتُمْ حَنَّوْا إِلَیْکُم", ou seja, se vocês se ausentarem por um tempo, sintam falta de vocês e expressem essa saudade e anseio. "حَنُّوا" vem da raiz "حنین" (hanin), que significa desejo e saudade do coração. É claro que existe uma diferença clara entre recordar e expressar a distância. Recordar é o que é geralmente expresso nas conversas gerais como "ذikr-e kheir" (boa lembrança), mas "حَنُّوا" (hanu) é um tipo de desejo e afeto interno que é uma manifestação de amor e emoção intensa para com a outra parte.

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